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 Manejo in situ e ex situ

 

 

Com o objetivo de assegurar a gestão de pequenas populações, pensando em positiva contribuição para conservação dos animais de cativeiro e de vida livre, o NUPECCE desenvolve projetos articulados, tanto de manejo in situ (em vida livre), como o monitoramento e trabalhos com animais reintroduzidos e translocados, quanto ex situ (fora do local de origem ou em cativeiro). 

 

   Um programa cooperativo, mediante consórcio, foi criado entre diferentes Parques Zoológicos, criadouros conservacionistas e científicos e mantenedores de animais vivos. Com isso, trocas controladas entre indivíduos são realizadas permanentemente e um banco de dados demográfico e genealógico (studbook), assegura a viabilidade populacional (genética e demográfica).

 

  Parte desse processo de manejo populacional envolve o uso de várias tecnologias (por exemplo, fertilização in vitro, inseminação artificial, transferência de embrião) e monitoramento reprodutivo (ultrassonografia e ensaios hormonais).

  A primeira translocação experimental com o cervo-do-pantanal foi realizada entre 1992 e 1994 durante os estudos ambientais para obtenção da Licença de Operação da Usina Hidrelétrica (UHE) Sérgio Motta, pelo pesquisador Laurenz Pinder, onde animais da espécie foram realocados na planície aluvial do rio Paraná, a montante da UHE.

  Em 1998, alguns animais procedentes da população as margens do rio Paraná, afetados pela construção da UHE Sérgio Motta, foram reintroduzidos em duas áreas no interior do Estado de São Paulo. Os animais foram identificados individualmente com rádio-colares e monitorados diariamente por radio-telemetria, com o objetivo de estudar seus padrões de uso do espaço e suas áreas de vida.

 Entretanto, estes projetos só foram viáveis a partir do estabelecimento de uma população cativa sustentável e numerosa, fato que o NUPECCE vem trabalhando há anos.

  ​Exemplo disso, o NUPECCE se comprometeu como sede do Plano de Ação Nacional para a Conservação ex-situ do Cervo-do-Pantanal, onde o programa de manejo in situ, ex situ, demográfico, genealógico, reprodutivo e genético é coordenado. Trabalho esse, reconhecido pelo Prêmio de Biodiversidade (2017), categoria academia, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) com o Programa de Conservação do Cervo-do-Pantanal.

  Além disso, o Nupecce conta com a mais importante coleção de espécies em cativeiro do gênero Mazama do mundo. Pesquisas com estas espécies visam principalmente resolver incertezas taxonômicas, uma vez que a classificação das espécies do gênero tem sido controvérsia, tanto em nível específico como subespecífico. Na prática, populações de um determinado local, que têm sua classificação duvidosa, podem estar em sério risco de extinção. Pensando nisso, o "studbook" de certas espécies, por exemplo de Mazama bororo, está em fase de desenvolvimento.
 

  O NUPECCE possui vasto conhecimento no manejo de cervídeos neotropicais, para saber mais, busque nossas publicações clicando aqui, ou entre em contato com nossa equipe.
 

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